Baby Pelos Ares

                                ''O Progresso ao Retrocesso''

 Brasil, um País com uma enorme quantidade de surfistas e atletas talentosos, onde grande parte deles foram e são deixados à deriva diante de nossos olhos e principalmente à vista de nossos "grandes"empresários, que crescem e conquistam, fama, glamur, luxúrias e até mesmo praias particulares onde tão pouco se encontra os mesmos presentes em seus recintos, privando, não só a entrada de turistas, más tb de surfistas. Crescem a custa de grandes talentos que representaram e representão seus nomes em todos os cantos do mundo com sua abilidade na arte de surfar, dedicam inteiramente suas vidas, com todo amor e perseverança que se pode ter. Qual o valor a ser dado a esses grandes personagens que fizeram e fazem a história do surf  em nosso País? Quanto vale uma vida inteira dedicada a natureza e ao surf em principal? Vestindo a camisa de empresários simpatizantes, se sujeitando à grandes roubadas e até mesmo lesões gravíssimas que podem comprometer uma vida inteira, pra depois que chegam ao suposto topo, ainda ouvir dizer:  Agora, pode mandar embora, nosso nome está forte no mercado, já criamos uma identidade, não precisamos mais fazer tantos anúncios, investir em tantas viagens e etc……….. diminui o salário dele! Preciso mandar blindar minha hammer (uma pequena ironia) ou não. Enquando isso muitos surfista já nem pranchas possuem mais, alguns recorrem a escolinhas de surf, outros acabam indo trabalhar em lojas especializadas, viram filmaker, ou procuram outras  áreas no ramo, simplesmente porque âmam o esporte, e então, acabam voltando a serem subordinados pelos mesmos. Quando realmente vamos valorizar nossos grandes surfistas e atletas?  Que não são poucos! Talvez até mais que na América do Norte e Austrália. A única diferença é a estrutura e a valorização  que em nosso País está em falta, não por falta de dinheiro. Muitos de nós sabemos que a grande maioria que controla esse mercado são simpatizantes recalcados que sonhão em ter nosso talento e nossa vida, sei que poucos tem coragem de bater de frente, pois dependemos dele e a mínima brecha que se der, já era!! (queima o filme), adoro essa expressão!  é muito égo envolvido. Hoje até que se encontra uma minoria de atletas que conseguiram dar seguimento no ramo dentro das empresas, mas não demora muito para que se tornem iguais. Talvez seja mais confortável para muitos ser páu mandado e abaixar a cabeça para manter seu glamur, estatus e continuar no seguimento de sua trajetória, fechando os olhos para a realidade bruta que um dia também fez parte de suas vidas.

Faço parte desses surfistas, não atleta, surfista! Não tão renomeado tão pouco conceituado, apenas um Homem que dedicou sua vida ao surf, mas que tb  representou grandes empresas durante alguns anos. Hoje estou aqui em Bali (Indonésia), acompanhado somente de minhas pranchas, apenas para fazer que venho feito em toda minha vida, surfar e ficar em contato com a natureza. Meu primeiro surf foi em Padang, onda incrível, não tao difícil de surfar, porém bem raso e corais afiados. Em minha primeira onda fui premiado com um bom tubo depois de quase dois meses sem surfar, pura sorte ou talento, quem sabe? Ao voltar pelo canal ouço um fotógrafo Austráliano elogiando minha onda com uma super máquina fotográfica em mãos a bordo de um jetski, então pergunto: Vc fez a foto? Ele responde: provavelmente. Então retruco: Gostaria de vê-la depois e se possível te-la. Ele responde: Não, estou aqui somente para fazer fotos daquele cara ali e só faço fotos para revistas. Hum ok. Um  jovem com tantos patrocínios que nem tinha mais espaço na prancha, com o principal da Volcom, no perfil que os empresário gostam lourinho, olho claro, boa pinta e tal……..  e o surf? Reparo que ele está acompanhado por locais e alguns profissionais como Mikala Jones e outros que não me lembro o nome. No decorre percebo que ainda falta muiiiito, pois dava pra ver seu desconforto com o pico, mesmo tendo todo suporte e estrutura, com dois fotógrafos dentro d'água exclusivo e mais o do jetski e com apoio dos locais, resumindo só o vi voando do této (sem dismerece-lo), más sei que em em alguns anos vamos ver esse jovem, mas não tão jovem surfista Australiano nos grandes filmes de surf e talvez no circuito, pois, as  fichas apostadas nele serão grandes. De noite quando entrei nas redes sociais como Facebook, vejo a galera comentando sobre o Neco que está sem patrocínio, então começa vir  em mente muitos momentos de sua trajetória  e tudo que este verdadeiro samurai do surf fez pelas empresas à quais fez parte, e pelo nosso Brasil. Consequentemente me lembrei de alguns dos tantos talentos que temos e que estão sem patrocínio e outros que tem, mas a cada ano que vão se superando e obtendo bons resultado em mídias especializadas, campeonatos e tudo mais, acabam sendo cada vez menos remunerados e desvalorizados, mesmo assim a galera continua quebrando onde quer que vá, mesmo sem experiência em points breaks, o velho ditado (Brasileiro é guerreiro não desisite nunca) claro, se desisitir e vacilar, morre na vala e ninguém vê, se vê finge que não viu, deve ser mais confortável,outro velho ditado dos Brasileiros( cada um por si e Deus por todos). Esses ditados só servem para enganar a mente e fingir que está tudo certo, afinal, no final tudo dá certo né?





frame: Tcho mondego.

 Surfer: Ricardo wendhausen

 Uma das pessoa em que mais  me vem a cabeça é o Ricardo wedhausem o Rikinho, e sua super sessão que nunca saiu da gaveta e poucos assistiram aos 15 anos de idade em sua primeira e única temporada no Hawaii. Ainda fazendo parte do time da Billabong Brasil, com uma performance impecável, um repertório de manobras e tubos alucinantes que até hoje não vi nada igual em relação a um surfista  com sua idade na época,  seu estilo polido e único de dar gosto de assistir, completando aéreos 540, manobra que até então dava pra contar nos dedos quantos já teriam concluído a mesma em todo o mundo, mesmo entre os tops WCT, sem deixar de esquecer de sua sessão  no projeto Innersection em 2010 realizado pelo mais bem conceituado produtor de vídeos de surf Taylor steele no no qual ele foi o mais elogiado e aparentemente requisitado pelo mesmo por sua leveza e radicalidade apresentada no vídeo produzido por Bruno Bézz, mas que não teve votos suficientes pra fazer parte de  sua nova produção. Vamos lembrar, claro, recente, de seu super aley up 540 manobra mais monstra já registrada no Brasil, vencedora do prêmio greenesh  2010, e que 3 dias depois de completar a manobra  foi mandado embora da empresa a qual fazia parte à anos. Também não posso deixar de lembrar da sessão do Rodrigo Sino integrante do time da Volcom Brasil, à mais de 12 anos. Foi em El Salvador, acho que hà 6 anos atrás, quando Dany Reynalds, Mitch Colleborn e outros ainda voltavam de rabeta em seu aéreos. Sino já mostrava controle absoluto em seu repertório de aéreos 540 doble grag, one grab rabetadas insanas, combos  e a porra toda!!!  Que sessão meus Deus! Que é aquilo?  Mais uma que está na gaveta á anos, porque será? Quantos filmes da volcon ja foram produzidos durante esses anos? BS? Acho que é o mais ressente. Ficaria pequeno para os intrigantes do filme, e não tem nenhuma, eu disse nenhuma onda do Sino se quer na produção feita pela marca. É disso que estou falando, porque insistem em manter apagado os grandes nomes do nosso País, e enquanto isso deixamos de acelerar o progresso do esporte em nosso Brasil, mas é claro que se algum gringo aparecer por aqui muitos irão correndo atrás para filma-los, babar o ovo e sugar tudo que poder. Pra esses moleques que ficam na praia ai o dia todo dando aéreos, dá uma roupas ai e uns R$ 1.000, 00 que está tudo certo, manda se virar e não venham me perturbar, pois estou indo viajar pra ver os gringos surfar e babar o ovo deles. 
 Não posso deixar de finalizar  meu singelo protesto com a frase que jamais vou esquecer vinda da boca de um "Gerente de Marketting":  ONDE JÁ SE VIU UM ATLETA GANHAR MAIS QUE O MANENGER, NÃO TEM CABIMENTO! EU QUE "CUIDO" DELE!! O CERTO  SERIA EU GANHAR MAIS QUE O ATLETA VOÇE NÃO ACHA?  LAMENTAVEL!